
Carolina Dieckmann se despede com emoção e fala sobre Preta Gil
Nem os mais preparados estavam prontos para a comoção que tomou conta do bairro do Leblon, no Rio, nesta segunda-feira à noite. A missa de sétimo dia de Preta Gil reuniu amigos, familiares e admiradores na Paróquia Santa Mônica. No centro do altar, Carolina Dieckmann, aos 46 anos, não escondeu a emoção ao homenagear uma das maiores amizades de sua vida.
Chorando e ofegante, Carolina relembrou momentos vividos ao lado de Preta, uma parceira inseparável, e falou com jornalistas ao sair da igreja. Ela destacou que o carinho do público era tudo o que Preta gostava de receber: "Ela era tão ligada às pessoas, aos fãs, aos amigos. Tenho certeza de que todas essas demonstrações de amor só fazem bem, mesmo agora. Preta era mesmo do povo, e está sendo homenageada como sempre viveu".
O clima era de despedida, mas também de agradecimento. Amigos próximos como Gominho, Paulo Gustavo (representado pela família), além de artistas como Anitta e Ivete Sangalo, marcaram presença no evento, cada um à sua maneira relembrando momentos ao lado da artista.

O impacto de Preta Gil e a força das homenagens
Preta Gil se despediu cedo demais – ela morreu em 20 de julho nos Estados Unidos, após travar uma longa batalha contra um câncer colorretal. Com apenas 50 anos, sua partida abalou a cena musical e artística do Brasil. Na cerimônia de cremação, realizada no dia 25 de julho, centenas de fãs lotaram o cemitério, formando uma verdadeira multidão disposta a prestar as últimas homenagens.
A voz potente de Preta era conhecida, mas o que mais marcou mesmo foi como ela transbordava sinceridade e apoio por onde passava. Em vida, Preta não hesitou em derrubar barreiras, lutar contra preconceitos, apoiar mulheres de todos os perfis e celebrar a diversidade no palco e fora dele. Seu jeito espontâneo, a risada escancarada, a forma única de se relacionar com a plateia — tudo isso virou inspiração para quem acompanhou sua trajetória.
Carolina Dieckmann, visivelmente abalada, reforçou a importância desse legado de amor. Ela contou que nos bastidores, até os profissionais da igreja ficaram tocados com o tanto de energia positiva presente. "É bonito ver que o país inteiro está chorando, mas ao mesmo tempo está agradecendo por ter tido a Preta entre nós. É um luto misturado com gratidão", desabafou a atriz, enxugando as lágrimas.
Ninguém saiu da missa indiferente. Fãs dividiam histórias de encontros com Preta, mostravam tatuagens, camisetas, fotos e abraços. Pela rede social, anônimos mandavam mensagens para Carolina e toda a família Gil, formando uma verdadeira rede de apoio. O Leblon nunca esteve tão unido pela força da música e da amizade, em um dos momentos mais marcantes que a cena cultural carioca já presenciou.
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