Uma Nova Onda de Golpes: Criminosos Mudam de Estratégia
Depois que a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deram início a uma megaoperação para investigar fraudes bilionárias no INSS, muitos brasileiros passaram a ouvir sobre o assunto em todos os cantos: rádio, TV, internet e redes sociais. Não demorou muito para golpistas sacarem uma nova jogada, explorando justamente esse medo e a desconfiança dos aposentados e pensionistas.
Dessa vez, eles usam o seguinte truque: sabem que muita gente ouviu sobre os descontos indevidos feitos por associações no benefício do INSS entre 2019 e 2024. Com esse gancho, enviam mensagens, ligam ou mandam e-mails para as vítimas dizendo que “há valores para ressarcimento” e que basta a pessoa confirmar alguns dados — CPF, número do benefício, senha do banco ou até pagar uma suposta taxa para receber o dinheiro de volta. O objetivo? Roubar informações pessoais e acessar contas bancárias.
Como Funciona o Golpe e Quem Está na Mira
Os criminosos sabem que a maioria dos beneficiários do INSS é idosa e, muitas vezes, assustada com a complexidade dos processos. Eles adaptam o discurso conforme a notícia do momento: se falam sobre ressarcimento na mídia, aproveitam para se passar por funcionários do instituto, advogados ou até membros das associações investigadas. A abordagem pode vir por telefone, WhatsApp, SMS, e-mail e até mesmo por cartas falsas.
- Os golpistas usam nomes e logotipos digitais do INSS para ganhar a confiança da vítima.
- Muitas vezes dizem que só é preciso conferir um código enviado por SMS para “liberar o ressarcimento”. Esse código, na verdade, serve para clonar o WhatsApp ou cadastrar o celular para transações bancárias.
- Prometem agilidade no depósito do dinheiro, mas exigem pagamentos antecipados, como honorários advocatícios ou taxas de desbloqueio.
Quando a vítima percebe que foi enganada, os golpistas já sumiram — junto com parte do dinheiro ou com dados sensíveis capazes de facilitar novos golpes financeiros.
O INSS deixa claro que não faz esse tipo de contato. Quem percebe qualquer movimentação suspeita ou desconto que não reconhece, deve procurar uma agência oficial ou acessar o Meu INSS. Não existe pagamento adiantado para restituições e nem solicitação de senhas por telefone.
Então, desconfie de qualquer pessoa dizendo que está resolvendo questões do INSS por mensagem ou chamada. Se ficou em dúvida, vale falar com familiares ou buscar diretamente os canais oficiais antes de passar qualquer informação.
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