Tarifa do Metrô do Rio aumenta para R$7,90 em abril e pressiona o bolso do carioca

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Tarifa do Metrô do Rio aumenta para R$7,90 em abril e pressiona o bolso do carioca

Nova tarifa do metrô chega quase a R$8: impacto direto no orçamento das famílias

Quem mora no Rio de Janeiro já percebeu: o valor do transporte não para de subir. Agora chegou a vez do metrô, que terá a tarifa reajustada para R$7,90 a partir do sábado, dia 12 de abril de 2025. O aumento de 5,33%, que leva a passagem do antigo valor de R$7,50 para o novo patamar, acompanha uma onda de reajustes em outros modais da cidade—ônibus (R$4,70), trens urbanos (R$7,60), VLT, BRT e até táxis também ficaram mais caros nos últimos meses.

Para quem depende do transporte público para ir ao trabalho, estudar ou resolver tarefas diárias, o peso pesa ainda mais, especialmente com a inflação correndo solta e o poder de compra caindo. O vaivém dos aumentos virou rotina e deixa claro que se deslocar em uma das maiores cidades do Brasil exige cada vez mais planejamento financeiro.

Segundo as operadoras e órgãos do governo, a justificativa é a pressão dos custos, principalmente energia elétrica, e um desequilíbrio criado no fim de 2024, quando terminou o subsídio temporário dado ao metrô. Vale lembrar que, enquanto ônibus municipais continuam recebendo aporte da prefeitura para segurar reajustes, o metrô ficou sem esse colchão financeiro. A diferença no tratamento só aprofundou o abismo entre os modais, inflando a discussão sobre justiça no subsídio dos sistemas de transporte.

Sistema Jaé substitui RioCard e social mantém tarifa reduzida

Sistema Jaé substitui RioCard e social mantém tarifa reduzida

O aumento chega junto de outra mudança importante para quem pega transporte todos os dias: sai o RioCard, entra o Jaé. O novo sistema de bilhetagem promete mais agilidade, integração e controle, numa tentativa de modernizar a mobilidade urbana do Rio. A troca acontece no momento em que a cidade busca dar resposta aos problemas de evasão, fraudes e reclamações antigas de usuários sobre o antigo sistema.

Apesar do reajuste salgado, quem é beneficiário do Bilhete Único Intermunicipal, na modalidade tarifa social, vai continuar pagando R$5,00. Esse valor congelado contempla passageiros inscritos em programas sociais e cadastrados nos critérios do governo estadual. Só que, mesmo com a tarifa social, muita gente reclama da dificuldade para acessar o benefício, apontando filas nos pontos de atendimento e lentidão na análise dos cadastros.

Outro ponto delicado é que o aumento acontece num momento em que o sistema já vem perdendo passageiros. Dados oficiais mostram queda de 1,2% no fluxo de usuários ao longo de 2024. Não é só culpa do bolso apertado: relatos frequentes de insegurança nas estações e nos trens, atrasos e lotação também afastam quem pode optar por alternativas, como aplicativos ou até bicicleta. O problema se reflete na movimentação das estações centrais, onde comerciantes e camelôs sentem na pele o vaivém mais vazio.

No fim das contas, o Rio segue tentando equilibrar uma equação nada simples: garantir transporte público eficiente, seguro e acessível sem arrebentar o orçamento do usuário. Por enquanto, o novo aumento no metrô deixa bem claro quem tem saído perdendo nesse cabo de guerra.

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